terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Bahia tem nova Lei de Recursos Hídricos

Democratiza a gestão das águas, aumenta a participação popular nas decisões e amplia as atribuições do INGÁ na fiscalização e na execução das políticas de recursos hídricos
A Lei Estadual 11.612 de outubro de 2009, que faz valer a nova Política Estadual de Recursos Hídricos, confere um caráter socioambiental à gestão das águas no Estado e possibilita avanços nas políticas públicas pelas águas.
        A nova lei é norteada pelo princípio “A água é um bem de uso do povo”, garantindo mais participação popular na gestão e na execução das políticas públicas das águas, através de uma maior democratização do debate, como a ampliação do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh), que terá uma cadeira a mais para os representantes dos usuários de água e contará com mais dois representantes da sociedade civil. (Universidades e Comitês de Bacias) Com isso, pela primeira vez o Conselho tem mais participantes da sociedade do que do poder público.
        Para reforçar a preservação da água, a reformulação da lei propõe uma nova perspectiva socioambiental, possibilitando a ampliação da fiscalização das Bacias Hidrográficas, o combate à degradação de matas ciliares e nascentes, à poluição hídrica e à desertificação.
Ao órgão gestor das águas no Estado, coube a ampliação das responsabilidades. Haverá uma maior rigidez na fiscalização dos recursos hídricos, com o aumento dos valores máximos das multas de R$ 50 mil para R$ 1 milhão, e a promoção de ações de educação ambiental. Este conjunto de atribuições visa assegurar quantidade e qualidade das águas subterrâneas e superficiais no Estado.
“A nova lei apresenta avanços significativos na ampliação da gestão participativa e na ampliação na fiscalização administrativa. Ela articula o que há de mais avançado em termos de instrumentais da política das águas e isso contribui para uma maior capacidade institucional”, explica o diretor-geral do INGÁ, Julio Rocha. 
O uso prioritário das águas para o abastecimento humano e a gestão voltada para a promoção dos múltiplos usos também fazem parte dos princípios norteadores da nova legislação. O Governador Jaques Wagner destaca as novas características da lei, que a torna cada vez mais democrática e responsável com o meio ambiente. “Se não dermos uma destinação sustentável às nossas riquezas naturais, por si elas não se sustentarão. Nós temos que buscar a sustentabilidade do ponto de vista socioambiental. Isso para mim é uma questão de vida e não uma questão política”, explica Jaques Wagner.

http://www.sunnet.com.br/home/Noticias/Bahia-tem-nova-Lei-de-Recursos-Hidricos.html

Tecnologias em recursos hídricos

A Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, por meio da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), assinou um convênio para a instalação do Centro de Desenvolvimento de Tecnologias em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental.
O convênio foi feito em parceria com a Prefeitura de São José dos Campos (SP), com o Parque Tecnológico de São José dos Campos e com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O objetivo é desenvolver pesquisas em tratamento de água e resíduos sólidos.
Os investimentos iniciais são estimados em R$ 450 mil e cobrem custos com equipamentos de informática e imobiliário. O centro, que ocupará um espaço inicial de 147 m², será instalado no Parque Tecnológico de São José dos Campos. Uma comissão de gestão definirá quais pesquisas serão realizadas.
Segundo a Sabesp, a criação do centro é fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias para tratamento de água e de resíduos sólidos, com objetivo de reduzir gastos com energia, produtos químicos, além de custos operacionais.
Entre os trabalhos que poderão ser desenvolvidos no centro estão pesquisas sobre a utilização de membranas filtrantes, automação de processos, modelos de gestão, medição pré-paga de consumo, poluição difusa no eixo da rodovia Presidente Dutra, aquíferos subterrâneos e balanço ambiental.
As pesquisas que serão desenvolvidas terão também o apoio da FAPESP. A Fundação e a Sabesp mantêm um acordo de cooperação para o investimento em projetos de pesquisas científicas e tecnológicas aplicadas a recursos hídricos e saneamento.

28/9/2010
http://www.agencia.fapesp.br/materia/12835/noticias/tecnologias-em-recursos-hidricos.htm

Índice norteia gestão de recursos hídrico


Melhorar a gestão dos recursos hídricos em terras secas, este é um dos objetivos do Índice de Pobreza Hídrica (IPH), ferramenta desenvolvida pela pesquisadora britânica Caroline Sullivan, Southern Cross University, apresentada ontem durante o segundo dia de debates na II Conferência Internacional: Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (II ICID), em Fortaleza, Ceará.

O painel que tratou deste tema foi moderado pelo Coordenador da área de Recursos Naturais do IICA, Gertjan Beekman.

O índice utiliza dados de desenvolvimento humano, disponibilidade, distribuição e acesso à água. O resultado pretende nortear ações de gestão, é o que ressalta Renata Luna, professora do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental, da Universidade Federal do Ceará, que aplicou o IPH na bacia do Salgado, sudeste do Estado do Ceará.

“A Bacia do Rio Salgado é composta por 23 municípios e apresenta característica inerente a região, além de uma diversidade fitoecologica, populações diferenciadas do ponto de vista sócio-econômico. A partir das variáveis de desenvolvimento humano foram montados os indicadores de recursos de uso, de disponibilidade, de acesso e meio ambiente”, pontuou Renata.

A pesquisadora Sullivan destacou que “os conflitos pelo uso da água podem surgir quando os sistemas de distribuição de água não atendem as pessoas pobres. Ao tomar decisões de gestão da água mais justas e transparentes, o Índice pode contribuir para a erradicação das condições que reforçam a pobreza”.

A ideia é levar aos gestores dos recursos hídricos dos estados o resultado da aplicação do IPH, para definir a urgência de ações de gestão. Renata explicou que, no estado do Ceará, os resultados possibilitaram a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) verificar quais os municípios que apresentaram posição mais severa precisa de atenção na implementação de medidas. “Outros estados se interessaram, porém estamos com dificuldade de aplicar da ferramenta em outras bacias, pois os dados estão desatualizados. Prevemos que a partir do próximo ano, com a divulgação do novo senso, poderemos aplicar e ter um uso mais efetivo da ferramenta.

As pesquisadoras Elena Maria Abraham e Maria Eugênia Fusari, do Instituto Argentino de Investigações sobre as Zonas Áridas (IADISA) realizaram uma atividade semelhante no Departamento de Lavalle, ao norte da cidade de Mendoza, Argentina.

Brasília, 18/8/2010
http://www.iica.int/Esp/regiones/sur/brasil/Lists/Noticias/DispForm.aspx?ID=30

Fotógrafo brasileiro viaja pelo mundo para retratar a água como obra de arte


O trabalho é resultado de 20 anos de pesquisa e do encantamento do artista pelos diferentes tons da água

Imagens de águas coloridas, transparentes, com formas e texturas diversas são retratadas no livro “Luz Líquida”, do fotógrafo brasileiro Guilherme Mallmann, que será lançado no dia 7 de dezembro na Livraria da Vila, em São Paulo.
Patrocinada pelas Indústrias Anhembi, a obra reúne 96 fotos do portfólio do artista a respeito da água e sua interação com a natureza.
Para produzir seu livro, Mallmann visitou Nova Zelândia, Chile, Argentina e Canadá, além de viajar pelo Brasil. Durante suas jornadas, captou as belezas de um elemento essencial para a vida. O trabalho é resultado de 20 anos de pesquisa e do encantamento do artista pelos diferentes tons da água.
Na década de 1980, quando morou no Canadá, presenciou a existência de águas com reflexos avermelhados, azulados, amarelados e texturização devido à junção de diversos fatores como composição química, condições ambientais e geológicas. As montanhas de quartzo, por exemplo, com a luz externa, dão o aspecto rosa à água.
Quando ainda não pensava em lançar uma obra sobre o tema, o fotógrafo conta que sempre teve a preocupação de procurar o melhor formato na fotografia para capturar as águas. “Quando analógicas, as fotos foram feitas em médio formato (rolo 120), pois são ideais para chegar ao resultado desejado. Na fotografia, tamanho é documento”, explica.
A idéia de “Luz Líquida” surgiu em janeiro deste ano. As imagens são reveladas pelas técnicas analógica e digital. Especialista em fotos preto e branco, Mallmann migrou para as fotos coloridas um olhar preocupado com as nuances de cor que a luz reflete no objeto a ser fotografado.
Mesmo usando a técnica digital, o artista não dispensa usar uma máquina fotográfica analógica quando necessário, planejando cada “clic” de sua arte. Em 80% das fotos, usa um polarizador, filtro que permite a passagem de luz em uma direção específica para obter maior qualidade no resultado.
Mais que um livro de fotografia, “Luz Líquida” é uma forma de conscientizar o público e os amantes da boa fotografia para o bem mais precioso da humanidade, e enxergar a água por outro prisma, como uma obra de arte, despertando diversas sensações no leitor.
Sobre Guilherme Mallmann:
Aos 13 anos, o carioca Guilherme Mallmann já tinha na fotografia uma de suas maiores paixões. Em 1987, aos 26 anos, mudou-se para o Canadá onde estudou, trabalhou com fotografia, e, a partir daí, transformou a natureza em seu único tema. Montanhas, lagos, rios, cachoeiras, tudo intocado pelo Homem,viraram seu principal cenário. Mallmann passou a viajar por todo o Brasil e também por vários países do mundo como Nova Zelândia, Canadá, Chile, Argentina, onde pode exercitar seu talento.

Fonte: www.uol.com.br